Argo, um resgate cinematográfico
O livro Argo (Editora Intrínseca, 256 páginas) traz as memórias do agente da CIA Antonio Mendez, que contou com a colaboração do jornalista Matt Baglio para contar uma história de resgate cinematográfico durante o conflito Irã-EUA: o caso de seis diplomatas que conseguiram escapar do cerco dos rebeldes iranianos, que invadiram a embaixada americana em Teerã, em 1979. Com a ajuda do serviço secreto, de amigos de Hollywood e do Canadá, o sexteto conseguiu voltar para casa, ao contrário dos outros 53 americanos que foram mantidos reféns por mais de um ano.
Bem antes de Mendez chegar à Teerã, com tudo esquematizado para tirar os americanos sem serem descobertos, o que é o grosso do filme, no livro ele conta bem mais detalhes do seu trabalho na CIA. Interessante é, porque é bem longe da nossa realidade. Só é preciso filtrar um pouco como ele vê as ações da CIA pelo mundo, ainda mais falando de anos 70...
Mas vale a pena a leitura, para entender como uma brincadeira, ou uma ideia que parece louca no primeiro momento, torna-se a forma mais segura de "exfiltrar" pessoas de um país "inamistoso" para o grupo. Interessante como ele vai contando casos anteriores de sucesso de seu grupo, especializado em disfarces, e como a melhor opção acaba envolvendo um amigo e colaborador que era um maquiador premiado de Hollywood.
Para se ter uma ideia, eles "criaram" um estúdio em Hollywood, Studio Six, somente para embasar a operação Argo: os diplomatas, que estavam escondidos na casa do embaixador do Canadá em Teerã, sairiam do país como um grupo que estava buscando locações para um filme de Ficção Científica em um planeta chamado... Argo!
Não é tão emocionante quanto o filme, mas vale pelas curiosidades.
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